sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Já fingiu que não dava a miníma enquanto na verdade você dava maior importância ?

sim, mas nunca consigo enganar... =/

Aproveita que é anonimo:

Você casaria de vermelho? (tanto terno quanto vestido)

porque as pessoas se interessam tanto em casamentos? Ahhh eu sei lá, acho que não, mas também não usaria branco, usaria... sei lá preto! HOUSHAOSHAOUs'

Aproveita que é anonimo:

O que mais entusiasma você neste momento?

resultado de vestibulares.

Aproveita que é anonimo:

voce deixa acontecer naturalmente ou dá uma forcinha ?

sempre que forço percebo que deveria ter deixado ser natural.

Aproveita que é anonimo:

um olhar profundo em seus olhos te faz apaixonar?

como eu posso olhar profundamente em meus olhos? Bem... Narciso conseguiu.... mas acho que se eu fosse outra pessoa e olhasse em meus olhos eu não me apaixonaria por mim.

Aproveita que é anonimo:

Já teve vontade de transar com um amigo?

acho que voce não conhece o conceito de amizade.

Aproveita que é anonimo:

Você é do tipo que dá um grito quando vê alguém famoso?

não, mas se encontrasse um dos meus 'heróis não tão famosos' com certeza sairia gritando atrás deles.

Aproveita que é anonimo:

Qual o maior pecado do ser humano?

achar que sabe andar com as próprias pernas...

Aproveita que é anonimo:

É necessário colocar toda sua confiança em alguém ou em algum relacionamento?

não se coloca confiança em alguem, ela é desenvolvida e uma vez perdida nunca mais retomada.

Aproveita que é anonimo:

What's the best gift you've ever received?

uma correção estética.

Aproveita que é anonimo:

Acha que a Dilma será uma boa presidente?

não.

Aproveita que é anonimo:

a timidez já te calou?

sempre

Aproveita que é anonimo:

Uma pessoa que só da mancada?

eu ;x

Aproveita que é anonimo:

é uma pessoa pessimista, positiva ou realista ?

surrealista eu diria.

Aproveita que é anonimo:

Onde você quer passar a sua lua de mel?

não quero me casar.

Aproveita que é anonimo:

O mundo corrompe qualquer alma por mais forte e pura que seja?

sim, se esta pessoa não estiver firmada na Rocha.

Aproveita que é anonimo:

Jáa falou alguma coisa brincando tipo , " quero te pegar " e a pessoa levoou a sériio ?

já ;x

Aproveita que é anonimo:

prefere grandes emoções ou fortes tentações?

emoções

Aproveita que é anonimo:

Conhece alguém que já sofreu uma metamorfose?

todos que conheço.

Aproveita que é anonimo:

A falta de conhecimento, anula a beleza?

depois de um certo tempo sim, mas a primeira vista não.

Aproveita que é anonimo:

é de falar palavrões ?

só na minha cabeça.

Aproveita que é anonimo:

teus pais têm orgulho de ti?

espero poder dar orgulho a eles algum dia... mas por enquanto....

Aproveita que é anonimo:

se fosse professor, ensinaria qual matéria?

Arte! *-----------------------*

Aproveita que é anonimo:

Qual a maior de todas as verdades?

Deus é a solução de tudo e Cristo o UNICO salvador.

Aproveita que é anonimo:

Qual é a sua fonte de dinheiro?

minha mãe! ;x

Aproveita que é anonimo:

sábado, 9 de outubro de 2010

Quando você não pode ficar com quem você ama,ficaria com aquele que ama você? porque?

não sei responder perguntas hipoteticas, mas acho egoísta a ideia de ficar com alguem que voce não ama só porque voce não conseguiu quem voce amava. é.

Aproveita que é anonimo:

que queria que acontecece pro seu dia ficar perfeito?

queria que a Rebeca estivesse aqui :/

Aproveita que é anonimo:

Um lugar?Um sonho?Um filme?Um ator ou atriz?Um seriado?10Amigos?Uma Cor?Um amor?

minha casa, meu navio, amelie poulain, Johnny Deep, friends, TODOS, branco, amor de Cristo =)

Aproveita que é anonimo:

• Preocupa mais com a sua consciência do que com sua reputação? Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. O que Acha?

me preocupo com os dois, minha consciência é o Espirito Santo, e infelizmente nem sempre tenho dado ouvidos, é a parte mais importante de mim e tento cuidar bem dela.... já a reputação é o que eu passo aos outros, acho que todos ser humano deve ser um bom exemplo aos outros para construirmos todos uma sociedade melhor, então tbm tento manter uma boa reputação. é. Que pergunta mias chata e complicada ;x

Aproveita que é anonimo:

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sobrevivi ao primeiro mês, aleluia!

“O primeiro mês é o mais difícil”, foi como me alertaram amigos e familiares antes da partida, bem se realmente for, por misericórdia do altíssimo sobrevivi bem, não é que tenha sido fácil, mas foi um tempo gratificante, aprendi, chorei, conheci, descobri, sorri, e chorei, sim chorei de novo. Aprendi a fazer feijão e aprendi muito sobre história, literatura e biologia, chorei de saudade, de raiva, de inquietação e de solidão, conheci pessoas estranhas, chatas, divertidas, interessantes e futuros amigos, descobri mais de mim, mais do ser humano e mais de Deus, sorri de felicidade, por motivo nenhum, por orgulho, pelo vento, pela visão da lua e para a companhia.
Tive que lavar minha própria roupa, cozinhar minha própria comida e aprender a andar com as próprias pernas, aprendi a controlar meus horários e obedecer ao despertador; Mas, acima de tudo foi um tempo em que tive que escolher minhas prioridades, com o que, ou com quem eu estaria, onde é o meu lugar neste novo mundo?
Não estou sequer à metade do caminho, e todas as citações acima de experiência ou aprendizagem ainda estão se completando, passei por fins de semana sozinha em casa, e semanas atordoadas em meio a livros, gritei com a criança que divide o quarto comigo e gritei comigo mesma. Foi um mês de explosões, explosões de sentimentos e sensações.
Obrigada aos amigos distantes que ainda se lembram de me dar um oi, e dizer que faço falta, obrigada aos futuros amigos próximos que evitam momentos que me façam querer voltar, obrigada a família que aqui me recebe e me dá de tudo que desfrutam, e obrigado a família que lá deixei que apesar de manter partes do meu coração por lá, também me dá forças para viver aqui.
Meu corpo é indivisível, mas meu espírito está compartilhado desde que do ninho saí.

sábado, 21 de agosto de 2010



Três semanas já passaram desde que cheguei, não sei dizer se o tempo passou rápido ou lento, pois há tempo em que me deito e lamento por estar tão longe dos meus amores, mas há tempo em que agradeço pela oportunidade de crescer e mudar.
Tudo está sobre uma balança que pesa a saudade, o conforto, as amizades, a liberdade e o costume de um lado, entretanto pesa oportunidades, novos ares, aprendizagem e novidade do outro lado. Querer se dividir não é poder fazê-lo e tudo que posso agora é dar o melhor de mim para não precisar voltar atrás. O que quero dizer é que eu vim para cá adquirir conhecimento afim de uma oportunidade de um futuro melhor, e se voltar é sinal de que não foi o suficiente, não alcancei os objetivos e não agi como deveria; devo concluir que isso é um adeus, não para deixar de olhar para trás e me alegrar com o glorioso passado, ou ir até lá viver uma nostalgia, mas um adeus de que mostre que para alcançar meu objetivo não nada mais voltará a ser como antes.
Nas tardes de estudo meu espírito e alma brigam um tentando se concentrar nos cálculos e textos e o outro querendo vagar pelas lembranças descontraídas e felicitas do passado, alguns dias um é vencedor, nos outros o outro e assim caminho procurando um equilíbrio emocional para uma adaptação neste novo mundo, onde Bianca não é mais o centro das atenções, mas sim uma entre onze milhões.
As fotos na parede do quarto ou a pelúcia com o cheiro da melhor amiga mantém a parte nostálgica de mim acesa, enquanto as grandes apostilas, livros e cadernos colocam meus pés no chão.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo


Livros tem sido meus fieis amigos a algum tempo, viajar um épocas e lugares distantes de acordo com as palavras é um passatempo indispensável.
Já que aqui estou eu, na grande metrópole, e com a carteirinha de estudante, na época da bienal... lá vamos nós.
Domingo, acordar cedo e sair ao vento, pegar um metrô não muito cheio nem vazio, caminhar desnorteados entre as pessoas de mau ou bom humor por terem que sair de casa em pleno primeiro dia da semana até encontrar a saída para o ponto de onde o ônibus nos levaria ao encontro do fascinante aglomerado de encantados livros.
O ônibus que nos transportaria era de entrada livre pago pelo município, e não haviam pessoas desesperadas como imaginei que seria, parecia que aquele não era o programa de muita gente naquele dia, era pouca distancia e logo chegamos, eu nunca havia estado em um lugar assim, era uma enorme exposição de todos os tipos de literatura e incentivo a mesma, havia o cheiro de livro novo no ar, e o vento gelado que entrava pela porta parecia um encanto saído dos mesmos.
Não é novidade que por aqui encontro todo tipo de humanos, e não foi diferente, cada um em busca do que mais lhe agradava, desde HQ’s passando por sebos, histórias, estórias e livros de aprendizagem, arte, idiomas e tudo o que fosse possível encontrar escrito havia uma grande probabilidade de ser encontrado ali. Como todos os outro busquei o que me agradava ao passar por um sebo encontrei livros ilustrados com a história da arte européia e enciclopédias também sobre arte por um preço absurdamente baixo e totalmente acessível a mim, nos primeiros 10 minutos ali gastei o dinheiro proposto para o dia.
Passei pela área de inglês onde resolvi um jogo de palavras-cruzadas e como prêmio um parabéns do jovem com ar de inteligente que ali estava, usando um óculos negro simples que o deixava com cara de Johnny Depp. Passei por lojas de quadrinhos e réplicas de batmovel e homem de ferro, peguei livros gratuitos com o compromisso de ler e passar para outras pessoas que também lerão e repassarão para outras, vi crianças, jovens e idosos que pareciam ser apaixonados por palavras, vi escritores desconhecidos esperando que alguém lhes pedisse um autógrafo, e trabalhadores vendendo como podiam o material que possuíam. Os corredores são largos e o teto alto, nos fazendo ficar mais perdidos e imperceptíveis diante das grandes obras eternizadas em papel que nos rodiavam.
A mochila estava pesada pelos livros e a esta altura já havíamos encontrado alguns amigos do meu primo-acompanhante e estávamos andando em um grupo de seis, dois eram extremamente calados, e o outro apenas conseguia dar atenção a mais nova do grupo que não se calava por um minuto se quer, a maior parte do tempo apenas desperdiçando palavras.
Depois de voltas e mais voltas pelos labirintos literários ficamos em um fila para conhecer de perto um grande escritor e desenhista, que fez parte de minha infância e seria uma honra conversar com ele, foi uma hora parados em fila indiana e mais uns 30 minutos andando na mesma, depois disto nos encontramos com Mauricio de Souza, tiramos fotos, pegamos autógrafos, mas o segurança pediu que nos retirássemos sem nem conversar pois havia muita gente na espera. Foi divertido, mas eu tinha em minha mente uma imagem de Maurício de Souza jovem com aqueles cabelos negros como as vezes aparecia desenhado em quadrinhos, mas me encontrei com um senhor que disse que não poderia desenhar o ‘capitão feio’ pois é muito trabalhoso e ali seria um trabalho rápido, bem de qualquer forma tínhamos fotos, era o suficiente. Depois um lanche de sanduiche frio e outra fila, desta vez eu tinha certeza de que valeria a pena eu ia conhecer John Boyne! Desenferrujei meu inglês na fila pra conseguir dizer algo a ele, não tenho ídolos cantores ou atores super populares, mas admiro muito um ser humano que consegue fazer muitas pessoas chorarem com palavras de boa índole, e como alguns dos meus autores favoritos estão mortos, John Boyne era uma ótima opção, “o menino do pijama listrado” quer em filme ou livro é bom e valeria a pena conhecer a pessoa que o criou.
A fila foi rápida e só consegui trocar algumas palavras com ele, mas devo acrescentar que ele tem uma cara de bondade, algo bonito, se o conhecesse um pouco melhor diria que era cristão, mas não posso afirmar com as poucas bases que tenho.
Nosso diálogo foi:
BPM: Eu chorei lendo o ‘menino do pijama listrado’, quando um ser humano consegue alcançar o coração de outros com boas palavras é um tipo diferente de herói.
Ele sorriu, inclinando a cabeça para olhar de quem era a voz que dizia aquilo e respondeu
JB: Obrigado, é realmente muito bom ouvir isso das pessoas.
Logo em seguida a mulher foi nos enxotando de lá para os próximos, mas foi minha primeira experiência ao vivo com um verdadeiro escritor e foi super emocionante. Consegui ver o Ziraldo de longe também, mas não havia mais vagas para conhece-lo tive que me contentar em contemplar ao longe um senhorzinho com um olhar simples e feliz que parecia o papai-noel disfarçado de homem normal conversando e brincando com crianças que não eram eu.
Despedidas dos novos conhecidos, pipoca colorida na saída e uma grande fila para fazer o mesmo caminho de volta para casa.
Se você tiver a oportunidade de ir a lugares onde dão valor a livros, vá. Vale muito a pena.

sábado, 14 de agosto de 2010

Veja a grande metrópole pela lente em minhas mãos

Olhe pela janela e veja o mundo lá fora
(Da janela do quarto é isso que se vê)

Caminho
 
(Passo por esta rua todas as manhãs para ir a escola, no fim dela encontra-se a estação de metrô Belém)

Patriotismo
 

Onde encontro a arte?

Largo do Belém

Av. Celso Garcia


Tente entender a imagem
(Uma rua qualquer)

Em breve mais imagens, eu nunca me lembro de levar a câmera onde vou.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Já posso me casar, sei fazer feijão!

A uma semana ninguém fazia feijão por aqui, e apesar de sempre ter reclamado da minha mãe me obrigar a comer porque continha Ferro agora eu sentia falta daquele feijão quentinho com o tempero da mamãe cheirando a casa inteira.
Resolvi então, tomar a frente e tentar fazer algum para comer, desde o começo sabia que não ficaria como o feijão da mamãe, afinal nunca dei a luz. Mas achei que conseguiria fazer algo comestível.
Pesquisei na maior biblioteca do mundo como fazer feijão, e acredite alguns passo-a-passo são muito bons! Li, e fui tentar levar a teoria para a prática. Catei os feijões, e coloquei na água para que ficassem rugosos, estava demorando muito e eu já estava com uma fome gritante, então os coloquei na panela de pressão como estavam e enchi de água, o fogo estava alto e dançava com alguns ventos que entravam pela fresta aberta no canto da porta. Foram 30 minutos até sentir um cheiro conhecido vir da cozinha, no passo-a-passo aprendi que se cheira está bom, então fui até a cozinha, apaguei o fogo e tirei o vapor da panela, mas ao abri-la me deparei com centenas de grãos secos, desidratados, em um tom marrom-avermelhado e ao espetá-los com o garfo notei que estavam rígidos o bastante para ainda não serem comestíveis. Enchi a panela novamente de água e esperei, foram mais 20 longos minutos enquanto meu cérebro me alertava que eu precisava me alimentar; da segunda vez não foi muito diferente, exceto pelo fato de que eles estavam macios o suficiente para comer.
Ao preparar o tempero percebi que não tinha óleo, foi de azeite mesmo, deixei queimar o alho e me esqueci de colocar corante, lembrei apenas de colocar alguns pedaços de calabresa e uma folha de louro, a água ferveu e poucos minutos depois estava pronto o primeiro feijão preparado por mim. Servir-me dum pouco dele foi glorioso, já eram 16:00h e finalmente eu estava comendo algo que ‘trabalhei’ para preparar e que fosse diferente de miojo.
Já o sabor, bem... estava encantador, eu diria até quase como o da mamãe. Aos que não acreditam pela minha fama na cozinha, prepararei para obterem sua opinião.
*PS:  Há! Patrícia agora eu também sei cozinhar, pelo menos feijão!

Lavando a roupa suja, literalmente




Se você nunca lavou roupas na vida, não espere se mudar para um lugar frio para começar, é a dica preciosa que te dou hoje. Apesar da maquina fazer praticamente tudo, você tem que estender a roupa, separar, e fazer muitas coisas que deixam sua mão hiper gelada, e em um lugar com a temperatura de 11°C isso definitivamente não é uma coisa muito boa.
Foi a minha primeira experiência com uma máquina de lavar, achei que era só chegar e jogar tudo lá dentro, mas não era. Separei as roupas por cores, medi a quantidade que achava plausível de amaciante e sabão em pó e deixei a máquina fazer seu serviço, o espaço da lavanderia era pouco, mal pedia ficar de pé próxima ao varal suspenso. O vento tipicamente gélido desta área entrava pela única janela local e sinceramente eu me arrependia de estar fazendo aquilo, mas não havia outra saída.
Depois de algum tempo não havia mais som algum vindo da lavanderia, parecia que estava pronto, mas ao chegar lá me deparei com roupas vermelhas e multicoloridas mergulhadas em uma água negra o suficiente para não encontrar o fundo. Pelo visto ainda não estava pronto, ou será que estava? Pra garantir deixei daquele jeito mesmo.
Ela voltou a fazer barulhos, e pouco tempo depois estava pronto, exceto pelo fato de que eu ainda tinha que estender cada peça, em um micro-espaço que já estava meio ocupado. Não ficou lá grandes coisas mas terei roupas limpas daqui a uma semana quando elas secarem.
Neste intervalo de tempo não tenho roupas quentes o suficientes para esta temperatura ás 6:00 da manhã que é quando vou a escola, então acho que vou secá-las com o secador de cabelo.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Novas amizades


Eu nunca gostei de ser apresentada a amigos dos meus amigos, essa história de 3 beijinhos, aperto de mão ou um falso “prazer em te conhecer” não é muito para mim. Prefiro as amizades que começam com algo do tipo: “- Ai que blusa linda onde comprou?” ou “- Tem muito tempo que você está aqui esperando o ônibus?” ou ainda “- Que horas são? Por favor”.
Mas assim que me mudei para um lugar onde conheço basicamente ninguém, tive que começar a puxar assuntos e mais assunto com muitas pessoas a fim de achar alguém que pudesse chamar de amigo. Na escola não dá pra conversar muito, além do frio e do sono da manhã, mas tenho tido interação com muitas pessoas legais, como o garoto amigo do meu primo que gosta de aranhas, ou a menina que se senta ao meu lado que é muito inteligente já citada no texto anterior, ou ainda o garoto que mora aqui no condomínio e eu só descobri isso faltando três dias para me mudar daqui.
Mas algo muito bom aconteceu na terça-feira a noite, fui a uma ‘pelada’ do pessoal da igreja, estava frio e eles atrasados , como a maioria das pessoas eu não converso muito até me sentir à-vontade e depois de algum tempo ali eu me senti bem, estava no meio de pessoas interessantes e que falavam sobre universidade, tempo, e coisas pessoais assim como meus outros amigos, eles riam e diziam coisas que me lembravam o lugar de onde eu vim, e por incrível que pareça eu até consegui montar um cubo mágico depois que o garoto que usa uma foto com bigode no Orkut deixou-o quase montado para mim, eu me senti bem ali. Percebi que nunca acharia pessoas como os meus amigos, afinal ninguém é igual, mas existem muitas outras pessoas legais e dispostas a serem seus amigos ao redor do mundo, onde quer que você vá. Percebi também como é importante receber bem as pessoas que vem até nós, pois desta vez era eu que estava sendo recebida.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Primeiro dia de aula

A noite anterior foi torturante, os pensamentos iam a mil, parecia até que eu ia me casar, a curiosidade pelo desconhecido é assustadora. Mas por incrível que pareça no dia eu não estava nada empolgada.
5:05 da madrugada o celular toca, levantei em um pulo e fui me arrumar, depois de escolher roupa, maquiar, tomar café, escovar cada pecinha do aparelho estava pronta para sair mas ainda era 5:30 e eu só sairia as 6:00. O resto da casa acordou e fizeram mais café, e pães de queijo o que me fez sair de casa apenas ás 6:20, olhei pro céu e perguntei a meu acompanhante onde estava o sol, ele de humor matinal nada respondeu. O vento gélido que soprava me causava arrependimento por não ter pegado uma blusa mais grossa, até que começamos a subir um aclive que me fez transpirar e ter vontade de retirar a fina blusa de frio que eu vestia.
No metrô as cores escuras da estrutura se misturavam ao céu e se diferenciavam das misturas de cores nas roupas da população, enquanto esperávamos por algumas vezes sentia o chão tremer sob meus pés e tentava distinguir os sons do bater de asas dos pombos, a aproximação do metrô, a conversa dos humanos e os carros não muito próximos dali. Já dentro do metrô as pessoas mantinham expressões serenas ou sonolentas da manhã, algumas aparentavam estar dormindo em pé outras também de olhos fechados conversavam consigo ou com Deus, a cada parada as portas se abriam e o vento entrava levantando cabelos e liberando leves sorrisos nos rostos que eram tocados por ele, mas quando se fechavam e o movimento começava o calor humano, o cheiro de perfumes, e hálito matinal se espalhavam por todo o vagão, era possível sentir o respirar de desconhecidos e ficar tonto se tentasse fixar seus olhos em algo que passava correndo pela janela, mas todas essas sensações cessaram quando meu ombro esquerdo ficou muito dolorido pelo peso da bolsa carregada por materiais escolares.
Quando desci na estação próxima ao colégio percebi que quase todas as pessoas que estava comigo iam para o mesmo lugar, o atravessar das ruas chegava a ser engraçado, todos aqueles jovens com mesma média de idade, ao mesmo tempo, para o mesmo lado. Já eram 7:00 e não havia sol, este seria um dia cinzento, sem sol e com muito vento.
Na escola fui indicada para a sala quarenta. Subi escadas, e mais escadas e a sala já estava lotada quando cheguei, não avistei cadeiras para canhotos e me sentei longe o suficiente para não conseguir ver o que estava escrito na lousa, parei para observar as pessoas e vi que a maioria estava desnorteado como eu, logo puxei papo com a garota do meu lado, muito simpática, e me explicou um exercício de geometria que ela havia feito e eu não, foi a única pessoa com quem conversei neste primeiro dia, mas valeu a pena, comemos barras de cereal e biscoitos no intervalo, e voltamos juntas até o metrô prometendo a nós mesma chegar mais cedo no dia seguinte já que ela também não enxergava o que estava escrito na lousa de onde estávamos sentadas.
Na volta fiquei distraída nos meus pensamentos, voltei para casa no automático, e descobri que meu automático não funciona muito bem, pois fiquei perdida na hora de pegar o segundo metrô, motivo pelo qual cheguei em casa quase ás 14:00, depois de 30 minutos de voltas cegas entrei pelo lado errado atropelando e pedindo desculpa as pessoas que estavam saindo, mas cheguei onde queria. A caminhada até em casa foi bem calma e agradeci a Deus por não ter sol forte neste dia, acho que meu corpo se acostumou a temperatura e eu estava gostando.
Primeiro dia vencido mas creio que melhores virão. Já são 16:48 e nada de sol, quem sabe amanhã.

Não se vê estrelas

Enquanto não começam as aulas os dias têm sido divididos entre Televisão (nunca vi perda de tempo maior do que TV, mas ainda não consegui e livrar dela), internet, cinema, cobertas... e coisas afins.
Aqui você tem o que quiser a hora que quiser, a cidade praticamente nunca dorme e eu tenho sentido isso literalmente. Sempre tive uma grande paixão pelo céu, ficar procurando constelações e observando o movimento da lua e desde que cheguei nada vi no céu além de uma grande nuvem que varia entre cinza claro e marrom, de vez em quando vejo uma estrelinha brilhante mas antes mesmo que me emocione ela se movimenta rapidamente; na verdade era um avião.
As pessoas estão sempre correndo e parecem estar presas dentro de seu mundo particular, na musica de seus ipods, nos livros dos quais nunca tiram os olhos ou nos pensamentos preocupados que os fazem franzir a testa. Às vezes paro para observar o ser humano e encontro as expressões mais incríveis do mundo, vejo a perfeição do único ser que é semelhante a Deus, mas fujo destes pensamentos assim que alguém começa a achar que eu o estava encarando.
Meus sorrisos não têm sido correspondidos, na maioria das vezes as pessoas fazem uma cara de interrogação diante de um sorriso, ou fingem que não o viram, pelo menos os bom dias sinceros tem sido muito bem recebidos, e os obrigados são devolvidos com uma resposta automática, mas estar neste novo mundo tem criado em mim um amor cada dia maior pelo ser humano, observá-los me faz tomar uma dimensão perfeita de o quanto eu perco tempo sem falar-lhes de forma mais clara e aberta do grande amor de Cristo.

Chega um dia que temos que mudar

A principio o texto seria sobre mudança interior, até que percebi que estava mudando literalmente. Sair de uma cidade com 250.000 habitantes, para uma com 10.000.000 é uma grande mudança! E querendo ou não a mudança interior viria para acompanhar a mudança literal.
Morar na casa de alguém que não são seus pais é meio complicado, mesmo sendo família e pessoas muito dedicadas e receptivas, sempre tenho a impressão de estar incomodando ou tomando o espaço deles. Deixar os amigos de infância, pessoas as quais você confia até seu coração, você os conhece, conhece a família, os costumes, e se dão tão bem por terem crescido da mesma forma, uns ajudando na construção do caráter dos outros e sempre ali pra chorar e pra sorrir é incomodo a idéia de ter que recomeçar principalmente porque não tenho lembrança do começo, a maioria deles sempre foram meus amigos. Sair de sua igreja, estar longe de seus líderes e pastores, pessoas que são exemplos e sabedoria a todo tempo também é uma idéia que assusta.
Mas no fim sei que será um tempo árduo, mas também sei que será recompensador. Deus me trouxe aqui com um propósito certo e permanecerei firme para cumpri-lo.